O documentário “Matthew Perry: A Hollywood Tragedy”, lançado recentemente na plataforma Peacock, revela detalhes sobre os últimos dias do ator Matthew Perry, conhecido por seu papel em “Friends”. De acordo com a produção, nos três dias que antecederam sua morte em outubro de 2023, Perry recebeu 27 injeções de cetamina, um anestésico comumente utilizado em terapias para depressão e ansiedade. Essas doses, no entanto, estavam fora do protocolo terapêutico prescrito.
O ex-procurador Martin Estrada, que liderou a investigação, destacou que essas administrações foram realizadas por indivíduos que “deveriam saber muito bem” das implicações. A autópsia concluiu que Perry faleceu devido aos “efeitos agudos da cetamina”, resultando em um afogamento acidental em sua residência. Cinco pessoas foram detidas em conexão com sua morte, incluindo dois médicos, seu assistente pessoal e uma suposta traficante conhecida como “Rainha da Cetamina”.

O assistente pessoal admitiu conspiração para distribuir cetamina resultando em morte, enquanto os médicos e a alegada traficante declararam-se inocentes, com julgamento previsto para março de 2025. O documentário também aborda a longa batalha de Perry contra o vício e suas tentativas de recuperação.
Embora forneça uma visão sobre os desafios enfrentados pelo ator, algumas críticas apontam que a produção carece de profundidade e sensibilidade ao tratar de temas como dependência e os efeitos da fama. A trágica morte de Matthew Perry trouxe à tona discussões sobre o uso terapêutico da cetamina e os riscos associados ao seu uso inadequado. Profissionais de saúde enfatizam a importância de uma supervisão médica rigorosa ao administrar tratamentos com substâncias psicoativas, especialmente para indivíduos com histórico de dependência.