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Trump Acusa Harvard de Antissemitismo e Ameaça à Democracia Americana

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Trump Intensifica Ataques à Harvard, Chamando-a de Ameaça à Democracia Americana

O presidente Donald Trump, fez novas declarações contra a Universidade de Harvard nesta quinta-feira, 24 de abril, classificando-a como uma “ameaça à democracia” e uma “instituição antissemita de extrema esquerda”.

Em várias publicações na rede social Truth, Trump acusou a universidade de promover ideologias que, segundo ele, buscam “destruir os Estados unidos”.

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As declarações fazem parte de uma escalada entre o governo e a instituição, que recentemente entrou com uma ação judicial contra a Casa Branca após o congelamento de mais de US$ 2,2 bilhões em fundos federais, algo que Harvard poderia ter evitado.

As críticas do presidente a Harvard inserem-se num contexto mais amplo, em que ele e seus aliados a acusam de promover discursos radicais e não proteger estudantes judeus contra o crescente antissemitismo nos EUA, o mesmo que acontece na Universidade Columbia.

O presidente criticou especificamente a contratação de professores que, em suas palavras, seriam “radicais de esquerda” e pediu a demissão de um advogado da universidade, William Burck, que também presta serviços à Trump Organization. “Harvard é um desastre liberal, permitindo que lunáticos entrem e saiam das salas de aula espalhando ódio”, escreveu Trump, sem apresentar evidências concretas para suas alegações.

A disputa ganhou força após Harvard rejeitar uma lista de exigências do governo, que incluía auditorias para garantir “diversidade de pontos de vista” no corpo docente e discente, além do fim de programas de diversidade, equidade e inclusão. O presidente da universidade, Alan Garber, respondeu em comunicado que tais demandas violam a independência acadêmica e os direitos constitucionais da instituição.

“Nenhum governo, independentemente do partido, deve ditar o que universidades privadas podem ensinar, quem podem admitir ou contratar, ou quais áreas de estudo podem perseguir”, afirmou Garber.

Assim como Galber, ignoram que há leis a serem seguidas, e ser uma universidade privada não isenta de responsabilização pelos problemas causados ao país.

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A decisão de Harvard de resistir às pressões do governo foi elogiada por líderes acadêmicos e políticos, incluindo o ex-presidente Barack Obama, que classificou as ações da Casa Branca como uma “tentativa desajeitada de sufocar a liberdade acadêmica”. Outras universidades, como Princeton e Stanford, também manifestaram apoio, sinalizando uma frente de oposição ao que veem como uma tentativa de controle ideológico sobre o ensino superior.

No entanto, a Casa Branca mantém sua posição. A secretária de imprensa, Karoline Leavitt, defendeu o congelamento de fundos, argumentando que Harvard violou leis de direitos civis ao não combater o antissemitismo em seu campus. O governo também ameaçou revogar o status de isenção fiscal da universidade e limitar a matrícula de estudantes internacionais, medidas que poderiam custar milhões de dólares à instituição, cuja dotação ultrapassa US$ 50 bilhões.

Para acadêmicos como Steven Levitsky, professor de governo em Harvard, as ações do governo representam um ataque mais amplo à democracia. “Estamos vendo uma tentativa de usar o poder do Estado para silenciar instituições que desafiam a ortodoxia do governo”, disse Levitsky em entrevista à NPR. Ele alertou que a pressão sobre universidades pode criar um ambiente de autocensura, onde professores e estudantes evitam expressar opiniões por medo de represálias.

Enquanto o confronto segue, Harvard enfrenta o desafio de equilibrar sua defesa da autonomia com a necessidade de manter o financiamento federal, essencial para pesquisas em áreas como medicina e biotecnologia. A batalha legal iniciada pela universidade contra o governo pode levar anos e, segundo analistas, tem potencial para chegar à Suprema Corte.

/ EUA / Seattle /

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