A capital iemenita, Sanaa, foi palco de um ataque aéreo que mudou o tom da longa crise envolvendo os Houthis. Cinco explosões poderosas reduziram a escombros o que se acredita ser a sede do grupo rebelde no bairro de Al-Jaraf, um reduto estratégico no coração da cidade.
O som das detonações ecoou por quilômetros, enquanto colunas de fumaça negra subiam, marcando um novo capítulo na resposta dos Estados Unidos ao que o presidente Donald Trump descreveu como uma campanha desenfreada de “pirataria, violência e terrorismo” perpetrada pelos Houthis.
Em uma declaração contundente em sua rede social, Trump anunciou ter ordenado uma ofensiva militar “decisiva e poderosa” contra os rebeldes, criticando a abordagem de seu antecessor, Joe Biden, como insuficiente para conter a escalada dos ataques houthis.
Ele destacou que, sob Biden, os Houthis intensificaram suas ações contra navios comerciais e militares, especialmente nas águas vitais do Mar Vermelho, Golfo de Áden e Canal de Suez. Segundo Trump, há mais de um ano nenhum navio com bandeira americana atravessou essas rotas com segurança, enquanto o último navio de guerra dos EUA a cruzar o Mar Vermelho, há quatro meses, enfrentou mais de uma dúzia de ataques rebeldes.
Esses incidentes, afirmou ele, custaram bilhões à economia global e ameaçaram vidas inocentes, além de desafiar o princípio da liberdade de navegação, um pilar essencial do comércio internacional.
Os Houthis, um grupo xiita apoiado pelo Irã, há anos transformaram o Iêmen em um campo de batalha, mas foi sua recente ousadia contra alvos americanos e aliados que atraiu a ira renovada de Washington.
Controlando Sanaa desde 2014 e vastas áreas do norte do país, os rebeldes têm usado drones, mísseis e táticas assimétricas para atacar embarcações e aeronaves, justificando suas ações como solidariedade aos palestinos em Gaza e oposição ao Ocidente.
Esse bloqueio informal das hidrovias estratégicas paralisou rotas comerciais cruciais, forçando empresas a redirecionar navios por trajetos mais longos e caros ao redor do sul da África, com impactos sentidos em todo o mundo.
A resposta de Trump, no entanto, não se limitou a palavras, ele prometeu “força letal esmagadora” para neutralizar as bases, líderes e defesas dos Houthis, com o objetivo de restaurar a segurança para os ativos americanos e a livre circulação nas águas globais.
“Nossos bravos guerreiros estão agora realizando ataques aéreos”, declarou, enfatizando que os Estados Unidos não tolerarão mais ameaças às suas tropas, navios ou aliados. Para os Houthis, o recado foi direto: “Seu tempo acabou”.
Para o Irã, acusado de financiar e armar os rebeldes, o tom foi igualmente severo, com um alerta para cessar imediatamente o apoio ao grupo ou enfrentar consequências graves.
Esse ataque em Al-Jaraf não é apenas uma demonstração de força militar, mas uma tentativa de reafirmar a influência americana em uma região marcada por instabilidade. Diferente das ações limitadas dos últimos anos, que visavam apenas reduzir as capacidades dos Houthis sem confrontá-los de forma definitiva, a operação atual sugere uma mudança de estratégia.

A escolha de um alvo no coração de Sanaa, próximo a áreas civis e infraestrutura crítica, reflete a aposta em um impacto psicológico e operacional, mas também levanta questões sobre os custos humanos e a possibilidade de uma escalada ainda maior.
Enquanto as chamas consomem o que restou da sede houthi, o mundo observa, será essa ofensiva o ponto de virada para restaurar a ordem nas hidrovias do Oriente Médio, como Trump prevê, ou apenas mais um estopim em um conflito que já devastou o Iêmen por mais de uma década?
Para os moradores de Sanaa, o rugido dos jatos e o tremor das explosões são lembretes de que, entre as promessas de paz e as ameaças de inferno, a guerra permanece uma constante cruel e o grupo terrorista apoiado pelo Irã pode ter seus dias contados.
Trump em seu perfil na rede social:
Hoje, ordenei que o Exército dos Estados Unidos lançasse uma ação militar decisiva e poderosa contra os terroristas Houthis no Iêmen. Eles travaram uma campanha implacável de pirataria, violência e terrorismo contra navios, aeronaves e drones americanos e de outros países.
A resposta de Joe Biden foi pateticamente fraca, então os Houthis desenfreados continuaram. Já faz mais de um ano que um navio comercial com bandeira dos EUA navegou com segurança pelo Canal de Suez, Mar Vermelho ou Golfo de Áden.
O último navio de guerra americano a passar pelo Mar Vermelho, quatro meses atrás, foi atacado pelos Houthis mais de uma dúzia de vezes. Financiados pelo Irã, os bandidos Houthis dispararam mísseis contra aeronaves dos EUA e alvejaram nossas tropas e aliados. Esses ataques implacáveis custaram aos EUA e à economia mundial muitos BILHÕES de dólares, ao mesmo tempo em que colocaram vidas inocentes em risco.
O ataque Houthi a embarcações americanas não será tolerado. Usaremos força letal esmagadora até atingirmos nosso objetivo. Os Houthis sufocaram o transporte em uma das hidrovias mais importantes do mundo, paralisando vastas áreas do comércio global e atacando o princípio fundamental da liberdade de navegação do qual o comércio internacional depende.
Nossos bravos guerreiros estão agora realizando ataques aéreos às bases terroristas, líderes e defesas de mísseis para proteger os ativos de transporte, aéreo e naval americanos e restaurar a liberdade de navegação. Nenhuma força terrorista impedirá que embarcações comerciais e navais americanas naveguem livremente pelas hidrovias do mundo.
A todos os terroristas Houthis, SEU TEMPO ACABOU, E SEUS ATAQUES DEVEM PARAR, COMEÇANDO HOJE. SE NÃO O FIZEREM, O INFERNO CHUVA SOBRE VOCÊS COMO NADA QUE JÁ VIRAM ANTES!
Ao Irã: O apoio aos terroristas Houthis deve acabar
IMEDIATAMENTE! NÃO ameace o povo americano, seu presidente, que recebeu um dos maiores mandatos da história presidencial, ou rotas de navegação em todo o mundo. Se fizer isso, CUIDADO, porque a América o responsabilizará totalmente e não seremos gentis sobre isso!