O presidente Jair Bolsonaro (PL) segue internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital DF Star, com um quadro de saúde que demonstra avanços consistentes após a cirurgia complexa realizada no último domingo (13).
De acordo com o boletim médico divulgado na manhã desta sexta-feira (18), Bolsonaro mantém uma evolução clínica favorável, sem registros de dor, complicações ou sangramentos.
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A equipe médica, liderada pelo cirurgião Cláudio Birolini, realizou tomografias que não indicaram intercorrências, reforçando o progresso na recuperação.
A cirurgia, que durou cerca de 12 horas, foi necessária para corrigir uma obstrução parcial no intestino, decorrente de aderências formadas após múltiplas intervenções abdominais desde o atentado a faca sofrido por Bolsonaro em 2018, durante a campanha eleitoral em Juiz de Fora (MG).
O procedimento, descrito como uma laparotomia exploradora, envolveu a liberação de dobras no intestino delgado e a reconstrução da parede abdominal, áreas severamente comprometidas pelas cirurgias anteriores.
“O abdômen do presidente apresentava condições desafiadoras, com aderências extensas e uma parede abdominal danificada”, explicou Birolini em entrevista coletiva
Bolsonaro permanece em jejum oral, recebendo nutrição exclusivamente por via intravenosa, uma medida padrão para pacientes em recuperação de cirurgias abdominais extensas.
Ele também continua engajado em um programa de fisioterapia, que inclui caminhadas assistidas fora do leito e exercícios respiratórios para prevenir complicações como pneumonia, um risco comum em procedimentos prolongados.
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Imagens divulgadas nas redes sociais pelo próprio ex-presidente e pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro mostram-no caminhando pelos corredores do hospital com o auxílio de um andador, sinalizando um avanço na mobilidade, embora ainda com limitações.
Apesar dos sinais positivos, a equipe médica enfatiza que o quadro exige monitoramento contínuo, e não há previsão para a alta da UTI. A restrição de visitas, limitada a familiares, foi mantida para minimizar riscos, como a dilatação abdominal que poderia comprometer a recuperação.
Em postagens nas redes sociais, Bolsonaro expressou otimismo, destacando a ausência de dores significativas e a melhora nos exames laboratoriais, que apontam uma redução nos marcadores inflamatórios. “Os resultados me trazem esperança, e todas as medidas estão sendo tomadas com cuidado para garantir minha saúde”, escreveu na quinta-feira (17), em sua conta no Instagram.
A internação teve início após Bolsonaro sentir fortes dores abdominais durante um evento político no Rio Grande do Norte, na sexta-feira (11). Inicialmente atendido em Santa Cruz e transferido para Natal, ele foi levado a Brasília no sábado (12) para avaliações mais detalhadas, que culminaram na decisão pela cirurgia.
Este é o sétimo procedimento abdominal do ex-presidente desde o atentado de 2018, evidenciando as sequelas de longo prazo do ataque.
O caso tem gerado ampla repercussão, com mensagens de apoio de aliados e eleitores, mas também levanta questões sobre a saúde de Bolsonaro em um momento de intensa atividade política.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) têm coordenado a comunicação e os cuidados, centralizando as atualizações sobre o estado de saúde do ex-presidente. Enquanto a recuperação avança, a ausência de uma data para alta mantém a atenção voltada para os próximos boletins médicos, que serão cruciais para determinar os rumos do tratamento.
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