Em uma entrevista concedida à rádio Auri Verde Brasil, o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) fez declarações contundentes sobre o cenário político atual, apontando para uma suposta fragilidade crescente do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo Gayer, as decisões judiciais de Moraes estão prestes a perder força, pois o Poder Legislativo estaria se mobilizando para reverter suas ordens através do Projeto de Lei n° 5064, de 2023, que Concede anistia aos acusados e condenados pela manifestação ocorrida em 8 de janeiro de 2023, o que poderia também neutralizar tentativas de enfraquecer politicamente o presidente Jair Bolsonaro.
Para o deputado, esse movimento não apenas desmontaria a influência do Judiciário sobre a narrativa política, mas também abalaria a sustentação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Gayer, conhecido por sua postura alinhada a direita, sugeriu que as ações de Moraes, frequentemente vistas como uma barreira aos interesses da direita conservadora, estão à beira de um revés significativo.
Ele argumenta que o Legislativo, ao questionar e potencialmente anular determinações do STF, estaria recuperando um equilíbrio de poderes que, em sua visão, foi comprometido por decisões judiciais controversas. Essa reviravolta, segundo o deputado, tiraria do Judiciário a capacidade de manter uma pressão constante sobre Bolsonaro, figura central para a oposição ao governo Lula.
A fala de Gayer reflete uma de tensão entre os Três Poderes que já duram seis anos, algo que não é novidade na política brasileira recente, mas que ganha contornos particulares em 2025. Ele diz que, ao perderem o respaldo para ações contra o ex-presidente, as narrativas construídas pelo Judiciário, como as investigações sobre os atos de 8 de janeiro de 2023, ficariam enfraquecidas, abrindo espaço para uma reorganização das forças políticas. Isso, por extensão, poderia minar a legitimidade do governo Lula, que, na perspectiva do deputado, depende de um STF forte para sustentar sua agenda e conter adversários.

Embora Gayer não tenha apresentado evidências concretas na entrevista, como o número exato de parlamentares que apoiariam o projeto de anistia, sua retórica ecoa um sentimento crescente entre setores da oposição.
Essa visão, porém, carrega uma dose de otimismo estratégico, o Legislativo, historicamente dividido e suscetível a negociações políticas, teria de superar barreiras significativas para impor essa derrota ao STF.
Além disso, o governo Lula, empossado em 2023, ainda mantém uma base de apoio que, embora desafiada e com diversas brigas interna, não parece à beira do colapso, não parece, mas está. Para Gayer, a chave está em desarmar o que ele chama de “narrativa do Judiciário”, mas o sucesso dessa empreitada dependeria de uma união entre a maioria dos parlamentares de diferentes espectros.
Em resumo, a entrevista de Gustavo Gayer à rádio Auri Verde Brasil pinta um quadro ambicioso, mas possível: um Legislativo revigorado, pronto para desmantelar a influência de Alexandre de Moraes, salvar o presidente Bolsonaro das acusações infundadas e, por tabela, fragilizar o governo Lula que já se encontra com um dos pés no abismo.