Com a aproximação do prazo do cessar-fogo, o braço armado do Hamas tem intensificado esforços para reforçar sua capacidade militar, incluindo a nomeação de novos comandantes e a recuperação de infraestrutura essencial.
Entre as principais iniciativas, destaca-se o reaproveitamento de explosivos e a reconstrução de sua rede de túneis subterrâneos, um elemento estratégico crucial para operações militares e movimentação de combatentes.
A estrutura de túneis, muitas vezes referida como “metrô de Gaza”, tem sido um dos principais ativos do Hamas, permitindo ataques-surpresa e a manutenção de suprimentos em meio a conflitos prolongados.
O reparo desses túneis indica uma preparação para um possível retorno às hostilidades, caso as negociações para manter a trégua fracassem.
A reorganização de sua liderança militar também sugere um esforço para recompor perdas sofridas em confrontos anteriores e ajustar a estratégia diante das circunstâncias atuais. Essa movimentação ocorre em um cenário de incerteza, no qual a continuidade do cessar-fogo dependerá de fatores como pressão internacional, mediação de aliados regionais e a evolução das tensões entre Hamas e Israel.
Se o cessar-fogo for rompido, a escalada do conflito pode ter impactos humanitários severos, aumentando o número de deslocados e agravando a crise na região. Por outro lado, se a trégua for mantida, há uma possibilidade de avanços diplomáticos, embora a reconstrução militar do Hamas represente um desafio para qualquer solução de longo prazo.