A escolha não depende de vontades individuais, mas de regras institucionais já estabelecidas
Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, declarou com firmeza que o cumprimento do regimento interno é inegociável, levando a uma única conclusão: Eduardo Bolsonaro comandará a Comissão de Relações Exteriores.
Em uma entrevista recente, Motta destacou que sua decisão está alinhada ao regimento interno da Casa, que prioriza a proporcionalidade das bancadas partidárias na distribuição dos cargos.
Segundo ele, não há margem para contestações ou interferências, já que o processo segue uma lógica objetiva baseada no tamanho das representações partidárias.
“O critério é claro, e eu vou respeitá-lo”, sinalizou o deputado, reforçando que a escolha não depende de vontades individuais, mas de regras institucionais já estabelecidas.

Essa declaração reflete a postura de Motta como um líder que busca manter a ordem e a previsibilidade no funcionamento da Câmara, evitando disputas desnecessárias.
Para Eduardo Bolsonaro, que já ocupou o mesmo cargo em mandato anterior, a confirmação representa um fortalecimento de sua influência no Legislativo, especialmente em temas de política externa, área sensível e estratégica.
Enquanto isso, a decisão gera reações entre opositores, mas, conforme Motta deixou explícito, o regimento é soberano, e não há brechas para manobras que alterem o desfecho já traçado.
Esse cenário evidencia como as dinâmicas de poder no Congresso seguem, muitas vezes, uma lógica matemática e normativa, acima de preferências políticas ou pressões externas.