Lula e Joe Biden, líderes de duas grandes democracias – com a ressalva de que o Brasil, nos últimos tempos, não tem vivido seus melhores dias como democracia, por razões que o mundo já conhece, compartilham uma semelhança curiosa que vai além de suas políticas e trajetórias. Ambos têm um estilo de comunicação marcante, caracterizado por uma postura desligada da realidade e, em alguns momentos, por soltarem suas “bobagens”.
Essa peculiaridade, que pode ser interpretada como uma tentativa de aproximar-se do público, acaba despertando tanto empatia quanto controvérsias. Lula, com sua origem operária e carisma popular que hoje não tem mais, muitas vezes utiliza expressões informais e falas que geram polêmica, tentando gerar proximidade com suas bases. Ele tem um estilo direto e desleixado, às vezes propenso a gafes ou declarações polêmicas, o que acaba humanizando sua figura negativamente, mas também sendo alvo de piadas e críticas.

O jeito dele de falar, recheado de expressões grosseiras e, por vezes, com um português meio torto e impreciso, é um dos traços que mais o conectam ao seu eleitorado, mas que, ao mesmo tempo, o afastam de uma comunicação mais polida e exata, frequentemente cobrada no cenário da política internacional. E, convenhamos, o brasileiro já pegou o jeito de entender política sabe identificar quando um político está só encenando uma peça. As coisas mudaram, evoluíram, mas Lula parece ainda estar preso às cavernas. De forma semelhante, Biden tem sido conhecido por seus momentos de gafe e declarações que escapam ao protocolo.
Embora tenha sido sempre uma figura política de longa data, com uma vasta experiência no Senado, o ex-presidente dos EUA não escapa de momentos em que, talvez por nervosismo ou improviso, acaba dizendo coisas que causam confusão, outras vezes nem fala.

Ele tem sido alvo de memes e sátiras, principalmente por sua tendência de esquecer nomes ou cometer erros em declarações públicas. Porém, assim como Lula, Biden tem uma capacidade notável de contornar essas situações, frequentemente com um sorriso e uma desculpa rápida, e muitas ou na maioria das vezes, de forma desastrosa.
Essa semelhança no jeito de falar e, por vezes, de “falar besteiras”, contribui para a construção da imagem de líderes, que falam como pessoas comuns, sem se preocupar com a perfeição do discurso, mas falar como pessoa comum não quer dizer que deve falar besteiras o tempo todo. Isso expõe uma fragilidade política: suas declarações precipitadas viram munição nas mãos de adversários, que as utilizam para pôr em xeque sua competência como líder ou a credibilidade de seus governos.
A suspeita geral é que Lula seja apenas uma peça num jogo maior, manipulada por alguém nos bastidores. É essa a imagem que o “Lula 3” projeta ao mundo a de um irresponsável, uma figura que fala tantas bobagens que acaba se tornando motivo de piada global. Em última análise, Lula e Biden compartilham uma característica que, embora arriscada em termos de imagem, também humaniza suas figuras públicas. Os dois criam laços com o público, frequentemente por meio de falas naturais e, por vezes, atrapalhadas, mostrando que, para eles, a autenticidade e a proximidade com as pessoas valem mais do que aderir rigidamente aos padrões formais da política. No entanto, enquanto o mundo avançou, Lula parece ter ficado para trás.