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Mensalão, Petrolão e Agora o Aposentão: O Escândalo no Governo Lula 3

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Desvios bilionários no INSS marcam gestão Lula em meio a críticas por viagens frequentes que parece estar de férias, e não na presidência da república

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta uma crise de credibilidade com denúncias de um esquema bilionário de corrupção no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que expõe fragilidades na administração pública e alimenta críticas sobre a atenção do presidente a questões internas.

A Operação Sem Desconto, deflagrada em abril de 2025 pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU), revelou fraudes que podem ter desviado até R$ 6,3 bilhões de benefícios previdenciários. Enquanto isso, a agenda internacional de Lula, com 19 viagens ao exterior em 2024, tem sido apontada por opositores como um sinal de despriorização dos problemas domésticos, incluindo o combate à corrupção.

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O esquema no INSS envolveu descontos indevidos nos benefícios de aposentados e pensionistas, registrados como mensalidades para associações de fachada. Essas entidades, muitas sem estrutura ou serviços reais, lucravam com transferências automáticas autorizadas irregularmente.

Dados da CGU mostram que os descontos cresceram de R$ 706,2 milhões em 2022 para R$ 2,8 bilhões em 2024, um salto que acendeu alertas sobre a gestão do órgão. A operação resultou na exoneração do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, nomeado por Lula em 2023, e na suspensão de seis servidores.

Foram emitidos seis mandados de prisão e mais de 200 ordens de busca e apreensão, com R$ 1 bilhão em bens bloqueados, segundo a Polícia Federal. “O prejuízo é incalculável para os segurados, que muitas vezes não tinham conhecimento dos descontos”, afirmou o delegado Marcelo Prado, coordenador da operação.

As denúncias abre o debate sobre a capacidade do governo petista de fiscalizar instituições-chave. O Tribunal de Contas da União (TCU) já havia alertado, desde 2023, para irregularidades nos descontos associativos, mas a resposta do Ministério da Previdência, comandado por Carlos Lupi, foi considerada, sem ação.

Documentos do TCU revelam que o ministro foi notificado sobre o problema, mas só agiu após pressão pública. O governo anunciou a interrupção de todos os descontos e prometeu ressarcir os prejudicados, mas a falta de um cronograma claro frustra que foram roubados “É um desrespeito com quem depende da aposentadoria para sobreviver”, disse Maria Helena Costa, pensionista de 68 anos, em entrevista em São Paulo.

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A crise no INSS ganha contornos políticos em um contexto em que Lula é criticado por sua intensa agenda internacional. Em 2024, o presidente passou 77 dias fora do país.

O Planalto justifica que as viagens fortalecem a posição do Brasil no cenário global e atraem investimentos, mas opositores questionam o custo e o timing. Um levantamento do portal Metrópoles estimou que, apenas em 14 dias de viagens em 2024, os gastos alcançaram R$ 3,8 milhões.

“Enquanto o INSS é saqueado, Lula está mais preocupado com fotos no exterior”, afirmou o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em rede social. O governo responde, enfatizando que Lula confia a gestão de crises à sua equipe e que as investigações no INSS iniciaram em sua administração, assim como ocorreram conversas semelhantes durante os mandatos de Lula 1 e Lula 2, que no final, o resultado todosjá conhecem.

O escândalo também levanta questões sobre a escolha de nomes para cargos estratégicos. Stefanutto, indicado por Carlos Lupi, assumiu o INSS em 2023, mas na sua gestão, as fraudes dispararam no último ano, a ponto de nem a mídia alinhada a Lula conseguir esconder, sem “pano suficiente” para encobrir. Mesmo assim, a grande mídia apoiadora já busca um culpado para proteger Lula e preservar sua imagem.

Além disso, a operação revelou a participação de sindicatos e associações, alguns ligados a aliados políticos do PT, o que intensifica as críticas da oposição. “O governo precisa explicar por que demorou tanto para agir e como essas entidades operaram livremente”, cobra a deputada federal Bia Kicis (PL-DF).

Para analistas, o caso expõe desafios estruturais na governança do INSS, como a falta de digitalização eficiente e a vulnerabilidade a fraudes em sistemas manuais. “O INSS é um alvo fácil por causa da complexidade de seus processos e da fragilidade na fiscalização”, explica a economista Laura Carvalho, da Universidade de São Paulo. Ela sugere que a modernização tecnológica e a transparência nos contratos com associações são passos urgentes para evitar novos desvios.

Enquanto o governo tenta esconder o desgaste dos mais de R$ 6 bilhões desviados, o escândalo do INSS ameaça a promessa de Lula de uma administração “ética”, se é que tal palavra existe no vocabulário para alguns.

Para os cidadãos, especialmente os aposentados lesados, a prioridade é recuperar o que foi perdido e garantir que o sistema previdenciário volte a inspirar confiança. O governo alega que não pode devolver os valores, mas não seria justo recuperar o dinheiro roubado para restituir os aposentados?

Lula enfrenta outro problema, Carlos Lupi

Lula em constante férias, se vê diante de um impasse político delicado envolvendo Carlos Lupi, ministro da Previdência Social e aliado de longa data. A relação de amizade e a parceria histórica com Lupi, presidente do PDT, têm complicado uma possível decisão de afastá-lo do cargo, mesmo com a pressão crescente devido ao escândalo de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A situação revela o dilema de Lula em conciliar lealdades políticas com a necessidade de preservar a imagem de seu governo, algo que parece incompatível diante do cenário de corrupção.

As denúncias de desvios no INSS, que envolvem descontos indevidos em aposentadorias e pensões, colocaram Lupi no centro de uma crise que ameaça a credibilidade da gestão petista. Documentos apontam que o ministro foi alertado sobre irregularidades desde meados de 2023, mas a resposta teria sido lenta, intensificando críticas de aliados e adversários.

A saída do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, indicado por Lupi, não foi suficiente para aplacar o desgaste. Parlamentares do PDT, partido de Carlos Lupi, indicam que sua saída pode resultar em um rompimento com o governo, representando uma perda importante na base aliada de Lula no Congresso, que já não conta com maioria.

A relação entre Lula e Lupi, de décadas, é marcada por alianças no campo trabalhista e pela sintonia entre PT e PDT em pautas progressistas, que há anos contribuem para o declínio do país.

Essa relação pessoal tem sido um fator central na hesitação do presidente em tomar medidas drásticas, segundo interlocutores do Planalto. Além disso, a ausência de provas diretas que liguem Lupi às fraudes reforça a postura de cautela adotada pelo governo, que busca evitar um desgaste político maior com um partido historicamente alinhado.

Por outro lado, setores do próprio governo e da opinião pública cobram uma resposta firme para preservar a narrativa de combate à corrupção, um pilar importante para Lula, especialmente com a proximidade das eleições de 2026. A demora em agir pode custar caro entre aposentados e pensionistas, um eleitorado estratégico para o PT. Enquanto isso, Lupi se mantém firme, negando omissões e defendendo sua gestão à frente do ministério.

O caso ilustra a complexidade da governabilidade em uma coalizão ampla, onde decisões administrativas frequentemente se entrelaçam com cálculos políticos. Para Lula, a escolha entre manter um aliado leal ou ceder às pressões por mudanças envolve riscos que podem impactar não apenas a estabilidade de sua base, mas também a percepção pública de sua liderança.

Mas a história não termina aqui, os próximos capítulos já estão traçados. Lula conta com aliados ferrenhos e leais, conhecidos por sua fidelidade que o levou à presidência pela terceira vez. Quem são eles? A grande mídia, que já trabalha para encontrar culpados, proteger o governo e, mais uma vez, encobrir os fatos.

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