A Meta, empresa que comanda o Facebook, Instagram e outras plataformas digitais, decidiu pôr fim ao seu sistema formal de verificação de fatos nos Estados Unidos, adotando em caráter definitivo um modelo de checagem comunitária, (Notas da Comunidade) já utilizado pelo com grande sucesso no X.
Esse anúncio, liderado por Mark Zuckerberg, CEO da companhia, sinaliza uma transformação profunda na maneira como a gigante da tecnologia pretende lidar com a moderação de conteúdo.
Em vez de contar com empresas verificadores para avaliar a veracidade das postagens, que tendem e podem ser parciais, a Meta passará a responsabilidade para os próprios usuários, que poderão adicionar notas contextuais às publicações, um método que busca envolver a comunidade na identificação de informações questionáveis.
Essa mudança ocorre em um momento de intensos debates sobre o papel das redes sociais na disseminação de informações e na garantia da liberdade de expressão. Zuckerberg justificou a decisão ao afirmar que os sistemas anteriores resultaram em erros excessivos e em uma percepção de censura, o que teria abalado a confiança dos usuários.
A nova abordagem, inspirada no X, permite que pessoas comuns contribuam com esclarecimentos ou correções, ampliando a participação coletiva no processo. A implementação será gradual, começando nos EUA, com planos de ajustes ao longo do tempo para aprimorar o mecanismo.
O impacto dessa transição é alvo de especulações, por um lado, há quem veja a medida como um passo em direção a uma plataforma mais aberta, onde diferentes vozes podem se manifestar sem filtros institucionais.
Por outro, críticos alertam para o risco de um aumento no volume de desinformação, já que a qualidade das notas dependerá da iniciativa e do conhecimento dos usuários. Dados concretos sobre os resultados ainda não estão disponíveis, mas a experiência do X sugere que o sucesso do sistema depende de uma base ampla e engajada de participantes.
Em 2025, esse experimento da Meta pode redefinir os padrões de moderação digital, equilibrando autonomia individual e responsabilidade coletiva de maneira inovadora.