Olhando além do campo, a ausência de Neymar reacende discussões sobre o futuro da Seleção Brasileira.
Neymar Jr., um dos maiores ícones do futebol brasileiro, não estará presente nos próximos dois jogos da Seleção Brasileira pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026. A ausência do craque, confirmada em 14 de março de 2025, pegou os torcedores de surpresa e gerou debates sobre os rumos da equipe comandada por Dorival Júnior.
Os confrontos em questão, válidos pelas 13ª e 14ª rodadas, serão contra a Colômbia, no dia 20 de março, em Brasília, e contra a Argentina, no dia 25 de março, fora de casa. Sem Neymar, o Brasil perde um pilar técnico e emocional, mas abre espaço para uma nova dinâmica em campo.
A decisão de cortá-lo da convocação veio após avaliações do departamento médico da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que apontaram que o jogador ainda sente desconforto na coxa esquerda, resultado de uma lesão recente.
Neymar, atualmente vestindo a camisa do Santos em seu retorno ao futebol brasileiro, vinha se recuperando de um longo histórico de problemas físicos, incluindo a grave lesão no joelho sofrida em 2023, quando atuava pelo Al-Hilal, da Arábia Saudita.
Apesar de ter sido inicialmente chamado por Dorival, a cautela prevaleceu para evitar um agravamento que pudesse comprometer sua temporada e o futuro com a Seleção.
No lugar do camisa 10, o jovem Endrick, promessa do Palmeiras e já negociado com o Real Madrid, foi convocado para assumir a responsabilidade. Aos 18 anos, Endrick representa a renovação que o Brasil busca nas Eliminatórias, especialmente em um momento em que a equipe ocupa a 5ª posição na tabela, com 17 pontos após 12 rodadas, segundo dados atualizados da Conmebol.
A escolha reflete uma tendência de Dorival em equilibrar experiência e juventude, enquanto o time tenta se aproximar da líder Argentina, que soma 22 pontos.
A ausência de Neymar também coincide com sua decisão de priorizar um compromisso com o Santos, um amistoso contra o Coritiba, marcado para 16 de março de 2025. Essa escolha levantou especulações sobre sua dedicação à Seleção, mas pessoas próximas ao jogador afirmam que a opção foi motivada por questões físicas e pelo desejo de consolidar seu retorno ao clube que o revelou.

Em um cenário mais amplo, a situação expõe um dilema recorrente na carreira de Neymar, a dificuldade de conciliar agendas intensas com uma condição física que, nos últimos anos, tem sido testada por lesões frequentes.
Para o Brasil, os jogos contra Colômbia e Argentina são cruciais, a Colômbia, atualmente na vice-liderança com 19 pontos, é um adversário direto na briga pelas primeiras posições, enquanto o clássico contra a Argentina carrega o peso histórico e a necessidade de recuperação após tropeços recentes, como o empate em 1 a 1 com o Uruguai em novembro de 2024.
Sem Neymar, nomes como Vinícius Júnior, Raphinha e o próprio Endrick terão a chance de brilhar, enquanto Dorival ajusta o esquema tático para compensar a falta da criatividade e da liderança que o astro naturalmente oferece.
Olhando além do campo, a ausência de Neymar reacende discussões sobre o futuro da Seleção Brasileira. Aos 33 anos, o atacante ainda é visto como peça-chave para a Copa de 2026, mas sua ausência nesses jogos pode ser um teste para uma transição geracional inevitável.
Enquanto os torcedores lamentam a perda temporária de seu maior astro, a oportunidade surge para outros talentos provarem que o Brasil segue forte, mesmo sem depender de um único nome. O verdadeiro impacto dessa decisão, porém, só será sentido nos gramados de Brasília e Buenos Aires nos próximos dias.