Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 27 de março de 2025, pelo instituto Ipespe, no âmbito do projeto Pulso Brasil, trouxe novos números sobre a percepção dos brasileiros em relação ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O levantamento revela que 41% dos entrevistados aprovam a gestão do presidente, enquanto 54% a desaprovam, apontando para um cenário de rejeição majoritária em um momento crítico do terceiro mandato do petista, mesmo com os números negativos e sua imagem em declínio, Lula não apresenta uma solução para melhorar, uma vez que sua administração se assemelha mais a um desastre.
Realizada entre 20 e 25 de março com 2.500 participantes, contatados por telefone e online, a pesquisa tem uma margem de erro de 2 pontos percentuais e um índice de confiança de 95%, o que reforça a solidez dos dados apresentados.
Ainda na mergem dde erro, Lula melhorou em dois pontos na aprovação, que subiu de 39% em uma sondagem anterior, realizada entre 17 e 18 de março, para os atuais 41% e continua igual. Mas do outro lado, a desaprovação, subiu para 54%, sugerindo que o governo conseguiu conquistar uma pequena fração de apoio adicional, mas ainda enfrenta um muro de insatisfação que não dá sinais de recuo.
O aumento de 2 pontos na aprovação pode ser interpretado como um suspiro de alívio para o Palácio do Planalto, que na verdade não representa crescimento, pois ainda está na margem de erro, já os 54% de desaprovação indicam que a maioria dos brasileiros segue crítica à condução do país, em um contexto marcado por desafios econômicos, inflação persistente, tensões políticas, e claro, não podemos esquecer das tensões jurídicas.
O que esses números sugerem vai além de uma simples fotografia de popularidade, eles mostram um Brasil dividido, onde Lula, um líder que já desfrutou de índices de aprovação superiores a 80% em mandatos anteriores, agora luta para reconquistar a confiança de uma população desgastada.
A estabilidade da desaprovação em 54% aponta para uma resistência consolidada, possivelmente alimentada por eleitores que apoiaram o presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022 e que continuam a enxergar no atual governo uma ameaça aos seus valores ou expectativas.
O momento da pesquisa, no final de março de 2025, coincide com o terceiro ano de mandato de Lula, um período tradicionalmente desafiador para presidentes brasileiros, quando os efeitos das promessas de campanha já deveriam ser sentidos, mas os problemas acumulados começam a pesar mais, já que lula não cumpriu suas promessas, e está muito longe disso.
A polarização, que há anos define a política nacional, parece intacta: os 41% de aprovação e os 54% de desaprovação deixam pouco espaço para uma avaliação neutra, evidenciando que os brasileiros estão firmemente posicionados em lados opostos do espectro político.
Para o governo, esses dados representam um sinal ambíguo, o crescimento tímido na aprovação oferece uma faísca de esperança, mas a predominância da desaprovação é um alerta de que ajustes mais profundos serão necessários para reverter o quadro.
Enquanto isso, a pesquisa Pulso Brasil/Ipespe reflete de forma incômoda a realidade de um país que, mesmo após quase dois anos e meio de governo petista, ainda não chegou a um acordo sobre o rumo a tomar. Se persistir assim, Lula pode encerrar seu mandato em situação pior que a de sua colega Dilma, quem não se recorda de Dilma e suas famosas declarações?