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Prazo de Trump ao Irã: Acordo Nuclear em Dois Meses ou Consequências

NotíciasMundoPrazo de Trump ao Irã: Acordo Nuclear em Dois Meses ou Consequências

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou uma mensagem direta ao líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, estabelecendo um ultimato de dois meses para que Teerã aceite negociar um novo acordo nuclear.

A proposta, conforme relatado pelo portal Axios com base em informações de uma autoridade americana e fontes próximas ao assunto, diz que a urgência de Washington em frear o avanço do programa nuclear iraniano, que especialistas acreditam estar perigosamente próximo de alcançar capacidade para armas atômicas.

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Caso o Irã rejeite a oferta, analistas sugerem que a janela para uma solução diplomática pode se fechar, elevando drasticamente as chances de uma intervenção militar, seja por parte dos EUA ou de Israel, contra as instalações nucleares iranianas.

A iniciativa de Trump marca uma mudança em relação à sua postura anterior, quando, em 2018, abandonou o acordo nuclear de 2015, conhecido como Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA). Desta vez, o presidente parece buscar um equilíbrio entre pressão e diálogo, oferecendo uma saída negociada enquanto mantém a ameaça de força como plano reserva.

Segundo fontes familiarizadas com o conteúdo da carta, o tom foi firme, deixando claro que o prazo de dois meses não é apenas uma formalidade, mas um limite crítico. A mensagem teria enfatizado que a paciência americana está se esgotando diante dos avanços iranianos em enriquecimento de urânio, que já atingiu níveis alarmantes, próximos dos 60%, um passo técnico curto para os 90% necessários para uma bomba, conforme avaliações de especialistas em não proliferação.

Se o Irã optar por ignorar o ultimato, o risco de escalada militar cresce exponencialmente, Israel, que há anos considera o programa nuclear iraniano uma ameaça existencial, já demonstrou disposição para agir unilateralmente, como evidenciado por ataques recentes a infraestruturas iranianas.

Um relatório do Instituto para Estudos de Segurança Nacional em Tel Aviv, publicado em fevereiro de 2025, sugere que o governo israelense vê o primeiro semestre deste ano como uma janela estratégica para neutralizar as capacidades nucleares de Teerã, especialmente após a degradação das defesas aéreas iranianas por ataques anteriores.

---/ Donald Trump / Ali Khamenei / Imagem / Reprodução
—/ Donald Trump / Ali Khamenei / Imagem / Reprodução

Os EUA, por sua vez, poderiam ser arrastados para o conflito, seja por apoio logístico a Israel ou por uma decisão direta de Trump, que em campanha prometeu não tolerar “outro inimigo com armas nucleares”.

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Por outro lado, o Irã tem enviado sinais contraditórios, enquanto Khamenei descartou publicamente negociações com os EUA como uma “farsa” em um discurso em março de 2025, autoridades do Ministério das Relações Exteriores indicaram, em comunicado à ONU, que conversas poderiam ser consideradas se focadas em evitar a militarização do programa nuclear.

Essa dualidade reflete a pressão interna, o regime enfrenta uma economia fragilizada por sanções e a perda de aliados regionais, como o Hezbollah e Hamas, mas teme parecer fraco ao ceder às demandas americanas. O prazo de dois meses, portanto, não é apenas um teste para Trump, mas também para a resiliência do aiatolá em um momento de vulnerabilidade sem precedentes.

A contagem regressiva começou, e o desfecho dependerá tanto da disposição iraniana de recuar quanto da paciência, ou impaciência, de Washington e seus aliados. Um fracasso nas negociações poderia transformar o Oriente Médio em um barril de pólvora ainda mais instável, com consequências globais imprevisíveis. Por ora, o mundo observa enquanto o relógio avança rumo a maio de 2025, data que pode redefinir o equilíbrio de poder na região.

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