Em uma entrevista concedida em Paris, no dia 26 de março de 2025, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez uma afirmação contundente ao declarar que “é fato” que Vladimir Putin, líder da Rússia, “morrerá em breve”.
A frase, carregada de peso político, foi dita em meio a discussões com jornalistas europeus sobre a guerra em curso entre os dois países, conforme reportado pelo Kyiv Independent. Zelensky não apresentou evidências para sustentar sua previsão, claro, mas o tom categórico da declaração reacendeu especulações sobre o estado de saúde do presidente russo e as implicações de sua eventual saída do poder.
A fala de Zelensky surge em um momento delicado das negociações de cessar-fogo, marcadas por um acordo parcial mediado pelos Estados Unidos para suspender ataques a infraestruturas energéticas. Durante o encontro, ele também pediu que os EUA mantenham a pressão sobre Moscou, alertando que aliviar o isolamento global de Putin seria “perigoso”.
Para o líder ucraniano, a morte de Putin representaria o fim não apenas de uma era, mas do conflito que já dura mais de dois anos e deixou um rastro de destruição em sua nação. “Ele morrerá em breve, isso é um fato, ele teme a perda do poder, e tudo terminará”, afirmou, sugerindo que o destino do Kremlin está intrinsecamente ligado à figura de seu atual ocupante.
Rumores sobre a saúde de Putin, hoje com 72 anos, não são novidade, nos últimos anos, observadores apontaram sinais como tremores, uma postura encurvada em aparições públicas e relatos não confirmados de condições graves, como câncer ou Parkinson.
Apesar disso, o governo russo sempre negou veementemente qualquer problema, com o porta-voz Dmitry Peskov reiterando que o presidente goza de plena saúde. A previsão de Zelensky, portanto, pode ser lida tanto como uma análise literal quanto como uma metáfora política a “morte” de Putin simbolizando o colapso de sua influência, seja por causas naturais ou pela erosão de seu regime diante de sanções e resistência ucraniana.
O que diferencia essa declaração é o contexto em que foi feita, aos 47 anos, Zelensky projeta uma imagem de vigor e determinação, contrastando com Putin, que há mais de duas décadas comanda a Rússia com mão de ferro.
Ao afirmar que “é fato” que o fim de Putin está próximo, o ucraniano não apenas desafia o adversário, mas também apela a uma narrativa de renovação, sugerindo que o futuro pertence a uma geração disposta a romper com o passado autoritário. É um recado tanto para os aliados ocidentais, a quem ele pede firmeza, quanto para o povo ucraniano, que busca esperança em meio ao desgaste da guerra.